A tarde se foi, mais um ano se passou e eu continuo aqui. Os fatos e todos os acontecimentos da minha vida e do mundo passaram diante de mim como um filme. Crise dos EUA, namoro, festas, Olimpíadas...As coisas passaram de forma que o meu envolvimento com tudo aquilo tenha sido puramente espontâneo, apenas reações intrusivas que se manifestaram.
E todo o envolvimento, tristezas, alegrias? Foi tudo de mim, para mim e, quando passarem os créditos, as luzes vão se acender, lentamente as pessoas se dispertam de tudo o que acabaram de assistir e vão voltando a suas vidas medíocres. E eu continuarei lá sentada observando os outros se levantarem, espreguiçarem; comendo minha pipoca fria e murcha, vou assistir a realidade do mundo sentada na minha poltrona apenas esperando a próxima sessão.
domingo, 24 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Enfim
Nostalgia que recai sobre mim
Que envolve o meu peito enfim
Tão aguardada e desejada
Surgiu singela, calada
Que dor trouxeste ti meu bem?
Acaso da vida, não sei!
Mas a velha ternura mantém
Falta doce que revela
a angústia de quem apela
Com esta saudade tanto sonhei
E agora que a tenho, o riso encontrei
Que envolve o meu peito enfim
Tão aguardada e desejada
Surgiu singela, calada
Que dor trouxeste ti meu bem?
Acaso da vida, não sei!
Mas a velha ternura mantém
Falta doce que revela
a angústia de quem apela
Com esta saudade tanto sonhei
E agora que a tenho, o riso encontrei
A poligamia te soa como algo de um tarado que não sabe o que quer? Ou melhor, um tarado que tudo quer? Deixe-me lhe apresentar a minha opinião.
Depois de vinte e cinco anos de casada, creio eu que intimidade, respeito e amor são coisas que nunca me faltaram. Com apenas um abraço todos esses anos, juntos com todas as experiências são transferidos de uma pessoa para outra de forma muito singela e acolhedora. Uma sensação inexplicável se propaga, uma tranqüilidade me envolve quando tenho a certeza de que nada me fará infeliz ao lado do meu marido. Porém, a intimidade de nada serve se ao surgir, estraga a magia do mistério e da paixão incondicional. Nossas brigas assim como o amor, foram tornando-se mais fortes e sérias ao ponto de agora, eu viver com um completo estranho em minha casa, alguém que ao deita-se do meu lado, deixa-se com calafrios, com medo do próximo movimento que ele possa fazer.
Dentre tanta insegurança, surgiu diante de mim um homem no qual eu podia confiar, que me abraçava quando eu chorava para ele à respeito do meu marido. Um amigo que quando me via triste, falava de futilidades para focar minha atenção em algo menos mórbido que meu casamento. Com essa relação, o carinho e a admiração surgiram de forma natural, sem qualquer tipo de esforço vindo de ambas as partes, e algo mais forte do que a amizade sobretudo a razão, tomou conta de nós dois. Uma paixão absurda nos envolveu naquela tarde, e nada soava como traição ou algo ruim, ao contrário, parecia tão certo e devidamente alimentado por nós que nem a consciência fora capaz de encontrar defeito. Sorrisos, abraços e olhares mostravam um ao outro o respeito e a felicidade que prevaleciam no momento.
Ao voltar para casa, o estranho continuava sentado no sofá, mas desta vez me olhava com ternura, com arrependimento. Nós nos abraçamos forte e eu disse a ele que já não era mais o mesmo, que eu havia me casado com outro homem. Agora de forma fraternal, porém triste, sorriu, me olhou nos olhos e falou que desejava apenas minha felicidade. Neste momento, todas as lembranças, festas de família, banhos, tudo, passou em um flash e a nostalgia não em permitiu o estranho.
Lembra-se da poligamia do início? Esta é a minha. Amor eu príncipe e ao passado, esses dois seres me tiraram a potencialidade feminina de controlar os sentimentos e agora cabe exclusivamente a mim optar entre o amigo e o desconhecido.
A poligamia te soa como algo de um tarado que não sabe o que quer? Ou melhor, um tarado que tudo quer? Deixe-me lhe apresentar a minha opinião: excesso de amor.
Depois de vinte e cinco anos de casada, creio eu que intimidade, respeito e amor são coisas que nunca me faltaram. Com apenas um abraço todos esses anos, juntos com todas as experiências são transferidos de uma pessoa para outra de forma muito singela e acolhedora. Uma sensação inexplicável se propaga, uma tranqüilidade me envolve quando tenho a certeza de que nada me fará infeliz ao lado do meu marido. Porém, a intimidade de nada serve se ao surgir, estraga a magia do mistério e da paixão incondicional. Nossas brigas assim como o amor, foram tornando-se mais fortes e sérias ao ponto de agora, eu viver com um completo estranho em minha casa, alguém que ao deita-se do meu lado, deixa-se com calafrios, com medo do próximo movimento que ele possa fazer.
Dentre tanta insegurança, surgiu diante de mim um homem no qual eu podia confiar, que me abraçava quando eu chorava para ele à respeito do meu marido. Um amigo que quando me via triste, falava de futilidades para focar minha atenção em algo menos mórbido que meu casamento. Com essa relação, o carinho e a admiração surgiram de forma natural, sem qualquer tipo de esforço vindo de ambas as partes, e algo mais forte do que a amizade sobretudo a razão, tomou conta de nós dois. Uma paixão absurda nos envolveu naquela tarde, e nada soava como traição ou algo ruim, ao contrário, parecia tão certo e devidamente alimentado por nós que nem a consciência fora capaz de encontrar defeito. Sorrisos, abraços e olhares mostravam um ao outro o respeito e a felicidade que prevaleciam no momento.
Ao voltar para casa, o estranho continuava sentado no sofá, mas desta vez me olhava com ternura, com arrependimento. Nós nos abraçamos forte e eu disse a ele que já não era mais o mesmo, que eu havia me casado com outro homem. Agora de forma fraternal, porém triste, sorriu, me olhou nos olhos e falou que desejava apenas minha felicidade. Neste momento, todas as lembranças, festas de família, banhos, tudo, passou em um flash e a nostalgia não em permitiu o estranho.
Lembra-se da poligamia do início? Esta é a minha. Amor eu príncipe e ao passado, esses dois seres me tiraram a potencialidade feminina de controlar os sentimentos e agora cabe exclusivamente a mim optar entre o amigo e o desconhecido.
A poligamia te soa como algo de um tarado que não sabe o que quer? Ou melhor, um tarado que tudo quer? Deixe-me lhe apresentar a minha opinião: excesso de amor.
A rotina me pegou e transformou. As roupas que demonstravam toda uma ideologia de vida perderam seu sentido, entre camisetas de bandas e casacos velhos do meu pai, peguei o casaco por ser mais confortável. Os olhares atravessados, o burburinho dos comentários, já não me faziam mal, e surgiu em mim sorrisos presos entre lábios por não fazer mais parte desta hipocrisia. Quando as palavras me faltaram o silêncio se encarregou do trabalho, e a maré foi me levando, arrastando, agora que abri os olhos estou aqui.
O tempo que esperei me trouxe fome, fome de provar o doce mais doce, não o melhor. Fome da incerteza, dos risos, vontade de cuidar dos detalhes para não haver falhas. Hoje em dia canto Beatles de calcinha, faço brigadeiro quando estou sozinha. A paixão torna mais leve e o nervosismo expresso na fria e trêmula mão, brinca com a minha barriga assim como brinco entre as bolas de sabão.
O tempo que esperei me trouxe fome, fome de provar o doce mais doce, não o melhor. Fome da incerteza, dos risos, vontade de cuidar dos detalhes para não haver falhas. Hoje em dia canto Beatles de calcinha, faço brigadeiro quando estou sozinha. A paixão torna mais leve e o nervosismo expresso na fria e trêmula mão, brinca com a minha barriga assim como brinco entre as bolas de sabão.
sábado, 20 de outubro de 2007
Despedida
Tantas palavras está morto. As histótias já terminaram (ou mal começaram)...Mas por enquanto resta-me apenas a saudade que nada me resolve. E terminam por aqui os motivos de miores e dolorosas recordações. Já me bastam as constantes quando passo à tarde num dia quente na Paulista.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Tantas Palavras
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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