domingo, 24 de maio de 2009

Cine

A tarde se foi, mais um ano se passou e eu continuo aqui. Os fatos e todos os acontecimentos da minha vida e do mundo passaram diante de mim como um filme. Crise dos EUA, namoro, festas, Olimpíadas...As coisas passaram de forma que o meu envolvimento com tudo aquilo tenha sido puramente espontâneo, apenas reações intrusivas que se manifestaram.
E todo o envolvimento, tristezas, alegrias? Foi tudo de mim, para mim e, quando passarem os créditos, as luzes vão se acender, lentamente as pessoas se dispertam de tudo o que acabaram de assistir e vão voltando a suas vidas medíocres. E eu continuarei lá sentada observando os outros se levantarem, espreguiçarem; comendo minha pipoca fria e murcha, vou assistir a realidade do mundo sentada na minha poltrona apenas esperando a próxima sessão.

2 comentários:

Heitor de Oliveira disse...

Tudo passa :)

José? disse...

Eu vejo que vida não se resume à insensatez de um película. Se fosse assim, estaríamos assistindo ao mesmo enredo toda a vez, e esse não é o propósito da vida. E nos instiga à perpetua superação e, a essencial, inovação, sem estes dois, nos limitaríamos a viver o que já foi vivido, se novos amores ou novos tipos de amores, por exemplo. E este trecho que escrevi, resume o meu maior medo: viver preso ao vivido.